Dia da mulher: leitoras falam sobre superação e busca de sonhos

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Dia da mulher: leitoras falam sobre superação e busca de sonhos

No dia delas, o PMU resolveu contar a história de duas leitoras que tem verdadeiras lições de vida em sua trajetória.

Ao longo da história as mulheres vem quebrando a ideia de “sexo frágil”, mostrando que não é seu gênero que irá dizer do que elas são capazes. Existem mulheres que sonham em se casar, já outras querem seguir a vida sozinhas. Algumas querem ser empresárias, outras sonham com uma profissão de carteira assinada, mas no final todas lutam, superam dificuldades e vão em busca de seus sonhos.

Cada mulher é única, e a história de cada uma é uma lição de vida. O PMU foi atrás da história de mulheres lutadoras, que superaram as dificuldades em busca de uma vida digna para ser chamada de sua.

A estudante de jornalismo e técnica em enfermagem, Esther Vinezof, de 22 anos, contou para a equipe do PMU, a história atrás do seu grande sonho. Natural da periferia de Olinda, a jovem tem mais duas irmãs de sua mãe com seu padrasto. Ela lembra de sua infância em uma casa muito pequena onde os cinco moravam.

Esther com a mãe e as irmãs. (Foto: Arquivo Pessoal/
Esther Vinezof )

Esther sempre foi filha de pais separados, desde a gestação, e lembra de sua mãe cuidando dela e das irmãs enquanto o padrasto ia trabalhar, mas não conseguia dinheiro suficiente para poder manter bem a família. Foi quando o tio dela chamou a família para se mudar para Toritama, onde seria mais fácil conseguir emprego.

Com 12 anos, ela já cuidava da irmãs de 8 e 4 anos, já que os pais passavam o dia fora trabalhando. Ela lembra que nessa idade já arrumava a casa, fazia almoço, levava as irmãs na escola, ia buscar e tinha que deixá-lastrancadas na hora de ir para a aula. Aos 14 anos, ela começou a trabalhar com costura, com 17 já trabalhava em lojas de roupa e aos 18 começou a trabalhar como caixa em uma loja de eletrodomésticos.

Esther sempre sonhou em cursar Jornalismo. (Foto: Arquivo Pessoal/
Esther Vinezof )

O sonho de Esther sempre foi ser jornalista, porém quando acabou o ensino médio e passou no vestibular, não tinha condições de pagar a mensalidade. “Tive que me virar, fiz o técnico em enfermagem, porque podia pagar com meu salario da loja, pensando em quando me formar, poder pagar a faculdade. No inicio eu nem gostava, mas depois que comecei a trabalhar me apaixonei”. Quando estava no último período do técnico, conseguiu a bolsa para seu sonhado curso.

Durante alguns anos ela continuou morando em Toritama, e vinha para trabalhar e para estudar todos os dias, em 2017, ela decidiu se mudar para Caruaru. “E agora to me formado nesse perrengue, auxiliando plantão e aula, as vezes da muita vontade de desistir… Estudar uma coisa e trabalhar noutra as vezes enlouquece a gente”. Esther se forma em Jornalismo em dezembro de 2018.

Janaína teve que mudar de cidade para cursar nutrição. (Foto: Arquivo Pessoal/Janaína Nascimento)

A nutricionista Caruaruense, Janaína Nascimento, de 27 anos, também contou sua história de luta para o PMU. Aos 18 anos, teve que se mudar para Vitória de Santo Antão para poder cursar nutrição, e pouco depois começou a trabalhar e se especializar na área de Saúde Pública. “Essa área me encantou tanto que quis ir além, então fiz a residência de Saúde Coletiva, no dia 7 de março de 2018 apresentei o TCR, fruto de dois anos de trabalho árduo e vou começar uma nova etapa, o mestrado em Saúde Coletiva”.

Hoje em dia, Janaína está morando em Caruaru, e se casou há 4 anos. Junto com o marido, eles decidiram empreender e abrir um negócio com objetos em MDF. “O fruto dessa junção de dois aquarianos foi onde surgiu o Estúdio Personalizarte, que vem sendo nossa grande paixão”.

Janaína no dia da apresentação de seu TCR. (Foto: Arquivo Pessoal/Janaína Nascimento)

Janaína conta que muita gente acha que foi fácil para ela chegar onde chegou, mas foram muitas noites mal dormidas e muito tempo longe da família. “As pessoas não imaginam quantas noites foram viradas estudando, quanta abdicação de viver vários momentos, quanto tempo longe da família, quanto choro, quanta pressão, quanta expectativa e quanto medo de falhar”.

Ela ainda falou que se orgulha e não se arrepende de nada que teve que fazer para chegar onde chegou, Janaína ainda pediu para deixar um recado para as leitoras do PMU. “Feliz dia Internacional da Mulher, para todas as trabalhadoras do SUS, estudantes, empreendedoras, donas de casa, esposas e mães e muita força para quem é todas essas”.

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