(Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal)
Desde a adolescência que o técnico de enfermagem, Aderaldo Pedro da Silva (38) soube que gostaria de exercer a paternidade, e, que sem dúvida, seria pela adoção. Já adulto, em 2014, ele entrou com pedido de adoção da primeira criança. Foram três anos de espera até a chegada de Lourdes Maria de Oliveira da Silva, hoje com 4 anos de idade.
Porém, antes da adoção de Lourdes Maria, Aderaldo entendeu cedo o valor de ser “mãe pai”. “Eu tive pai, mas minha mãe desempenhou muito bem os dois papéis“, explicou o técnico de enfermagem. Por isso, quando os comentários preconceituosos surgiram, ele sabia bem que ser pai e mãe de sua filha era sua dádiva.
Aderaldo e sua mãe. (Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal)
“Ouvi comentários que não seria a pessoa ideal para adotar uma criança“, relatou Aderaldo sobre as pessoas que criticavam a adoção, por causa de sua orientação sexual. A adoção de crianças e adolescentes ainda é bastante mistificada em nosso país.
O Código Civil brasileiro, especificamente no artigo 1.623 declara que, qualquer pessoa maior de 18 anos pode estar apta a adoção, independente do estado civil. O artigo não faz referência a orientação sexual do possível candidato.
Aderaldo conta que, a forma de gerar para ele, foi apenas uma questão de escolha. E a adoção foi a mais viável. “Filho será sempre filho“, definiu ele. A família continuará a crescer, uma vez que o pai adotivo de Lourdes Maria, já entrou com pedido na Justiça para adoção de mais uma criança.
(Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal)
A adoção mais que um ato de caridade, é um ato de amor. Os laços criados mostram que, o sangue nem sempre fala mais alto. Para o pai adotivo Aderaldo ter sua filha, mas não gerá-la só trouxe mais amor a vida dele. “Mais afeto, mais amor e um complemento submaginario”, expressou Aderaldo.
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