O conceito de startup em Caruaru já não é uma novidade, mas sim, uma realidade que a cada dia cresce mais e se desenvolve em diferentes áreas. Desde a comunicação à educação, o modelo de pequeno negócio, com poucos funcionários e sempre mutável, faz parte da vida dos caruaruenses oferecendo serviços de qualidade.
Em entrevista ao Portal Mídia Urbana as startups Vertigo e Comeia, juntamente com o professor e mentor de modelagem de negócios do Armazém da Criatividade, Tenaflae Lordêlo, comentam sobre a prosperidade desse modelo de negócio na Capital do Agreste.

Tenaflae Lordêlo, professor e mentor do Armazém da Criatividade. (Foto: Reprodução/Internet)
Para o professor e mentor, Tenaflae Lordêlo, o mercado de startup em Caruaru melhorou muito com a chegada do Armazém da Criatividade. Ele também cita a importância das iniciativas da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (ACIC), do Instituto de Ensino Técnico e Formação Profissional (Itep) e da Incubadora Tecnológica do Agreste Central (ITAC).
“Foi uma questão de sobrevivência dos empresários”, afirmou Lordêlo. Para o professor e mentor, o empresário hoje, principalmente o empreendedor de startup, precisa fazer parte de um ecossistema. “É fazer parte da inovação, entender o próprio negócio e também entender que não há receitas”, explicou ele.
Lordêlo explica que, a inovação das startups nem sempre é por meio da tecnologia, uma vez que você pensa em entrar nesse universo, a ideia é pensar em um modelo de negócio primeiro. “Existem muitas soluções que não são por app, inovações legítimas que transformam a vida das pessoas”, relatou Tenaflae.
O Vertigo e o Comeia são exemplos de startups que deram certo. A primeira é especializada em produção de multimídia para internet e a segunda em produção tecnológica.
VERTIGO
A ideia inicial da Vertigo era ser um canal no Youtube sobre séries, filmes, jogos e outros temas da cultura pop. Foi durante um processo de mentoria do Porto Digital, que os sócios Antonio Vasoncelos, Johnny Pequeno, Renand Zovka e Rafael Lima enxergaram o potencial da produtora de conteúdo para outras mídias. O ponto de virada da produtora foi quando começaram a fazer transmissões ao vivo pela internet.
Hoje, a produtora conta com nomes como Unimed, Polo Caruaru e Compesa no currículo. Um dos sócios, Antonio Vasconcelos relata que com os parceiros certos e planos bem definidos, o crescimento vem naturalmente. “É preciso ter paciência, entender que empreender é sair do conforto de ter um salário certo no final do mês”, afirmou ele.

Parte dos integrantes da Vertigo em evento. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Antonio aponta que, ser uma empresa nova no mercado foi difícil, uma vez que as pessoas não tinha referências de quem eles era ou o que faziam. Mas pare ele não há mercado fácil ou difícil, existe mercado a ser explorado. “Buscar referências, modelo de negócios bem sucedidos e aperfeiçoar o negócio é fundamental”, concluiu ele.
A Vertigo tem como base Caruaru, onde se localizam seus principais clientes. Entretanto boa parte de sua base tecnológica, como equipamentos, ferramentas e tecnologias, vem de fora da cidade. “Não ter disponível na cidade, não é realmente um problema quando estamos em um mundo hiperconectado”, relatou Antonio Vansconcelos. Para ele, o mundo das startup estão apenas a um clique de distância.
COMEIA
Em 2013, com o falecimento do pai, o empreendedor Rafael Soares saiu do Recife onde trabalhou 10 anos com o Porto Digital, e voltou para Caruaru, seu desejo era contribuir com o desenvolvimento tecnológico da região. Assim, em 2016, nasceu a Comeia que atua no mercado nacional e internacional atualmente.
O CEO do Comeia, Rafael, explica que existe um abismo grande entre as ideias e as soluções produzidas, e os possíveis consumidores de tais soluções. O marco da empresa, a criação de um sistema antifraude para entregas de mercadorias, desenvolvida para a FedEx, veio em um momento na qual empresas locais fecharam as portas para a Comeia.

Equipe da Comeia em ação. (Foto: Reprodução/ Instagram)
“Possivelmente no ano de 2022, alguma solução que você irá utilizar, seja no âmbito profissional ou pessoal terá sido desenvolvia aqui, em Caruaru”, afirma Rafael. O Comeia desenvolve sistemas e aplicativos em diversas plataformas tecnológicas, utilizando vários conceitos como inteligência artificial e BiG data.
A startup teve um crescimento de 400% nos últimos dois anos. Na busca para se manter no mercado, Rafael Soares aposta em não divergir com empresas de outros setores. “Acima de tudo, focamos no desenvolvimento do nosso time, em todos os aspectos”, concluiu o ceo.
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